Sem empolgar em Goiás, PT tenta se manter vivo na corrida eleitoral #ReinaldoCruz

Se não bastasse a
péssima administração petista na capital de Goiás para atrapalhar
os planos de Antônio Gomide de chegar à Casa Verde, as muitas
divisões internas do partido prejudicam mais ainda, impedindo que a
campanha do PeTista deslanche da forma em que Gomide e Rubens Otoni
imaginavam. Projetos pessoais dos políticos da legenda tem dado o
norte da campanha, e é apontado também como um dos motivos, se não
o principal, para que a campanha não empolgue eleitores, militantes
e nem mesmo a cúpula do partido.
Claro que a posição de
Gomide nas eleições deste ano não esta consolidada, mas além dos
projetos pessoais que cada integrante das várias tendências tem,
podemos somar a isto as decisões erradas que Gomide e o partido
tomaram desde o período da pré-campanha. Ao decidir pela
candidatura própria, o PT deixou de cumprir acordos que tinha sido
firmados com Iris Rezende e o PMDB, o octogenário candidato não era
nome certo na disputa, é verdade, mas ainda assim o PT rompeu o
compromisso com o PMDB.
Equivoco também pode ser
observado na formação da chapa para concorrer ao Governo, nomes
fortes do PT de Goiás que estavam na linha de frente da decisão de
ter candidatura própria deveriam ter dado a cara para bater, e usar
o seu prestígio eleitoral para compor a chapa de Gomide. Não o
fizeram por que poderiam correr o risco de ficar sem mandato.
Com exceção feita ao
nome de Rubens Otoni, irmão de Gomide, o PT não tem um nomão capaz
de ser campeão de votos, em nenhuma das tendências Otoni encontra
alguém capaz de ameaçar a sua hegemonia à frente do eleitorado
petista, mas ainda assim tinha nomes de maior envergadura que o de
Marina Santana que praticamente se impos como candidata, e do
desconhecido Vereador por Goiânia, Tayrone Di Martino, que de tão
controverso não expira credibilidade necessária para pleitear uma
candidatura a um posto tão importante como o de vice.
Pior do que as decisões
erradas do partido, podemos acrescentar que o candidato Gomide se
apegou a outros nomes sem peso necessário para empolgar, alguns como
Olavo Noleto ou Edward Madureira, que até tem prestígio e respeito
no meio político, mas estão longe de serem os puxa dores de votos
que Gomide precisa, justamente pela falta de história eleitoral
deles, em resumo, são ilustres desconhecidos para a maioria da
população, assim como Tayrone e o próprio Gomide.
As várias tendências que
existem dentro do PT de Goiás tem impedido que a militância, que
sempre foi forte e respeitada, compre a idéia de apoiar de forma
unificada o nome de determinada linha dentro do partido. Nomes de
peso do PT dificilmente são vistos num mesmo evento defendendo as
mesmas idéias, ou demonstrando entusiasmo com o nome de Gomide. O
foco da nata petista em Goiás é a defesa dos próprios interesses
eleitorais, em uma campanha que entra na reta final sem empolgar
ninguém, as figuras mais ilustres colocam seus projetos em primeiro
plano em detrimento dos objetivos coletivos que visem atender as
demandas e necessidades da população de Goiás.
O PT que vislumbrou ser a
surpresa deste pleito, já encara a candidatura Gomide como um
equivoco, dado a total falta de sintonia entre as várias correntes
que dividem o partido por aqui.
As decisões tomadas de
afogadilho em Goiás, colocam em risco a reeleição de Dilma
Rousseff, por mais que alguns digam que o estado não tem este peso
todo no processo, se o PT nacional naufragar, os políticos de Goiás
vão perder muito mais do que cargos na esfera federal, o prestígio
de alguns vão estar em xeque no dia 05 de Outubro e quem tudo
queria, pode acabar mesmo é sem nada.




PT: desafio de aparar as arestas

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